Fora de Série

dionísio del santo

1925 - 1999

Sobre

Dionísio del Santo nasceu e morreu no
Espírito Santo, mas foi no Rio de Janeiro que se firmou como artista. Estudou
no Seminário São Francisco de Assis, em Santa Teresa (ES), de 1932 a 1939.
Depois disso, na década de 40, começou a desenvolver sua própria estética
visual, através do desenho. Ao se mudar para o Rio de Janeiro, em 1946, por
sua vez, passou à pintura. Foi aluno da Associação Brasileira de Desenho (ABD),
onde frequentou as aulas de modelo vivo e teoria das cores. Isso lhe deu base
para atuar na publicidade e nas artes gráficas. Mais tarde, em 1952, voltou seu
trabalho para xilogravura e serigrafia. Foi com essas técnicas que mais se
destacou. No fim da década até a metade dos anos 60, se aproximou do movimento
concretista. De modo geral, suas obras passeiam entre a geometria e a
figuração. A primeira mostra individual veio tempos depois, em 1965, na Galeria
Relevo (RJ). Outras se seguiram no próprio Rio de Janeiro, em Brasília e em São
Paulo. Dentre as mais marcantes, estão a retrospectiva de 1973, no Museu de
Arte Moderna do Rio, no Paço Imperial (RJ), em 1989, e no Museu de Arte Moderna
de São Paulo, em 1990.

Depois
da fase concertista, já na segunda metade da década de 60, del Santo explora a
arte abstrata, também valendo-se da serigrafia. Desta época, se destaca a série
“Cordéis”, parte de suas investigações sobre a arte cinética. Por
toda a sua produção, ganhou o prêmio de Artes Plásticas do Instituto
Brasil-Estados Unidos em 1978.

Dionísio del Santo (Colatina, ES, 21 de janeiro de 1925 – Vitória, ES, 20 de janeiro de 1999), conhecido como Del Santo, foi um pintor, desenhista, gravador e serígrafo brasileiro. Estuda no Seminário São Francisco de Assis, em Santa Teresa, Espírito Santo, entre 1932 e 1939. No começo da década de 1940, realiza seus primeiros desenhos. Transfere-se para o Rio de Janeiro em 1946, onde começa a pintar. Freqüenta aulas de modelo-vivo e de teoria das cores na Associação Brasileira de Desenho (ABD). Atua em publicidade e artes gráficas.

Em 1952, passa a trabalhar com xilogravura e serigrafia, e nesta técnica possui expressiva produção. Do fim dos anos 1950 até a metade da década seguinte, suas obras se aproximam dos princípios do movimento concreto. No entanto, mantém-se afastado do debate entre concretos e neoconcretos. Entre 1964 e 1966, produz trabalhos a guache, nos quais associa geometria e figura. Realiza sua primeira exposição individual, em 1965, na Galeria Relevo, no Rio de Janeiro.

Desde a metade da década de 1960, dedica-se à arte abstrata, realizando principalmente obras em serigrafia. Em 1967, recebe o prêmio aquisição na 9ª Bienal Internacional de São Paulo. Na década de 1970, destaca-se em sua produção pictórica a série Cordéis, na qual se nota a influência da arte cinética. Em 1975, recebe o Prêmio de Melhor Exposição de Gravura do Ano, da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA). Realiza mostras retrospectivas no Paço Imperial, no Rio de Janeiro e no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), entre 1989 e 1990, e no Museu de Arte do Espírito Santo (Maes), em 1998. Mais de 70 obras do artista, entre serigrafias e xilogravuras, integram o acervo do Maes.

 

 

Exposições Individuais

1965 – Rio de Janeiro RJ – Individual, na Galeria Relevo

1973 – Rio de Janeiro RJ – Individual, no MAM/RJ

1974 – Rio de Janeiro RJ – Individual, na Bolsa de Arte

1976 – Rio de Janeiro RJ – Individual, no MNBA

1986 – Rio de Janeiro RJ – Individual, na Petite Galerie

1987 – São Paulo SP – Retrospectiva, na Galeria Paulo Figueiredo

1988 – Curitiba PR – Individual, na Documenta Galeria de Arte

1989 – Rio de Janeiro RJ – Retrospectiva, no Paço Imperial

1990 – São Paulo SP – Retrospectiva, no MAM/SP

1998 – Vitória ES – Retrospectiva – Museu de Arte do Espírito Santo

 

Exposições Coletivas

1965 – Rio de Janeiro RJ – 1º Salão Esso de Artistas Jovens, no MAM/RJ

1965 – São Paulo SP – 1º Salão Esso de Artistas Jovens, no MAC/USP

1966 – Rio de Janeiro RJ – Opinião 66, no MAM/RJ

1967 – São Paulo SP – 9ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal – Prêmio Itamarati Aquisição

1968 – Rio de Janeiro RJ – 17º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ – Prêmio Isenção de Júri

1972 – Rio de Janeiro RJ – 1º Mostra de Serigrafia, no MMBA

1973 – Belo Horizonte MG – 5º Salão de Arte de Belo Horizonte – Prêmio Aquisição

1977 – Rio de Janeiro RJ – Projeto Construtivo na Arte, no MAM/RJ

1977 – São Paulo SP – Projeto Construtivo Brasileiro na Arte: 1950-1962, na Pinacoteca do Estado

1980 – Rio de Janeiro RJ – Mostra, na Galeria Saramenha

1981 – Belo Horizonte MG – Destaques Hilton de Gravura, no Palácio das Artes

1981 – Brasília DF – Destaques Hilton de Gravura, na ECT Galeria de Arte

1981 – Curitiba PR – Destaques Hilton de Gravura, na Casa da Gravura Solar do Barão

1981 – Florianópolis SC – Destaques Hilton de Gravura, no Museu de Arte de Santa Catarina

1981 – Porto Alegre RS – Destaques Hilton de Gravura, no Margs

1981 – Recife PE – Destaques Hilton de Gravura, no MAM/PE

1981 – Rio de Janeiro RJ – Destaques Hilton de Gravura, no MAM/RJ

1981 – Salvador BA – Destaques Hilton de Gravura, no Teatro Castro Alves

1981 – São Paulo SP – Destaques Hilton de Gravura, no MAM/SP

1982 – Penápolis SP – 5º Salão de Artes Plásticas da Noroeste, na Fundação Educacional de Penápolis. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis

1984 – Curitiba PR – 6º A Xilogravura na História da Arte Brasileira, na Casa Romário Martins

1984 – Rio de Janeiro RJ – A Xilogravura na História da Arte Brasileira, na Funarte. Galeria Sérgio Milliet

1984 – Rio de Janeiro RJ – Doações Recentes 82-84, no MNBA

1984 – Rio de Janeiro RJ – Pintura Brasileira Atuante, no Espaço Petrobras

1984 – São Paulo SP – Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, na Fundação Bienal de São Paulo

1986 – Rio de Janeiro RJ – 1ª Mostra Christian Dior de Arte Contemporânea: pintura, no Paço Imperial

1986 – Rio de Janeiro RJ – Sete Décadas da Presença Italiana na Arte Brasileira, no Paço Imperial

1988 – Rio de Janeiro RJ – Abstração Geométrica 2, na Funarte. Centro de Artes

1988 – Rio de Janeiro RJ – O Eterno é Efêmero, na Petite Galerie

1989 – Rio de Janeiro RJ – Geometria sem Manifesto, no Gabinete de Arte Cleide Wanderley

1989 – Rio de Janeiro RJ – Gravura Brasileira: 4 temas, na EAV/Parque Lage

1989 – Rio de Janeiro RJ – Rio Hoje, no MAM/RJ

1992 – Curitiba PR – 10ª Mostra da Gravura Cidade de Curitiba/Mostra América, no Museu da Gravura

1992 – Rio de Janeiro RJ – A Caminho de Niterói: Coleção João Sattamini, no Paço Imperial

1992 – Rio de Janeiro RJ – Gravura de Arte no Brasil: proposta para um mapeamento, no CCBB

1993 – João Pessoa PB – Xilogravura: do cordel à galeria, na Fundação Espaço Cultural da Paraíba

1993 – Rio de Janeiro RJ – Emblemas do Corpo: o nu na arte moderna brasileira, no CCBB

1994 – São Paulo SP – Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal

1994 – São Paulo SP – Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal

1994 – São Paulo SP – Poética da Resistência: aspectos da gravura brasileira, na Galeria de Arte do Sesi

1994 – São Paulo SP – Xilogravura: do cordel à galeria, na Companhia do Metropolitano de São Paulo

1995 – Rio de Janeiro RJ – Imagem Gráfica – Escola de Artes Visuais do Parque Lage

1995 – Rio de Janeiro RJ – Imagem Gráfica – Galeria Cândido Portinari

1996 – Petrópolis RJ – 1º Salão Sesc de Gravura. Dionísio Del Santo, no Sesc

1996 – Rio de Janeiro RJ – 4 mestres da gravura brasileira – Sesc Copacabana

1997 – Barra Mansa RJ – Traços Contemporâneos: homenagem a gravura brasileira, no Centro Universitário de Barra Mansa

1997 – Porto Alegre RS – Exposição do Acervo da Caixa, no Conjunto Cultural da Caixa

1997 – Porto Alegre RS – Exposição Paralela, no Museu da Caixa Econômica Federal

1997 – São Paulo SP – Exposição do Acervo da Caixa, no Conjunto Cultural da Caixa

1998 – Curitiba PR – Exposição do Acervo da Caixa, no Conjunto Cultural da Caixa

1998 – Rio de Janeiro RJ – Exposição do Acervo da Caixa, no Conjunto Cultural da Caixa

1998 – São Paulo SP – Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no Museu de Arte Moderna

1998 – São Paulo SP – O Moderno e o Contemporâneo na Arte Brasileira: Coleção Gilberto Chateaubriand – MAM/RJ, no Masp

1998 – São Paulo SP – O Museu de Arte Moderna de São Paulo – Banco Safra

1998 – São Paulo SP – Os Colecionadores – Guita e José Mindlin: matrizes e gravuras , na Galeria de Arte do Sesi

1999 – Rio de Janeiro RJ – Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/RJ

 

Exposições Póstumas

1999 – Rio de Janeiro RJ – Mostra Rio Gravura. Gravura Moderna Brasileira: acervo Museu Nacional de Belas Artes, no Mnba

1999 – Salvador BA – 60 Anos de Arte Brasileira, no Espaço Cultural da Caixa Econômica Federal

2002 – Rio de Janeiro RJ – Caminhos do Contemporâneo 1952-2002, no Paço Imperial

2002 – Niterói RJ – Coleção Sattamini: modernos e contemporâneos, no MAC/Niterói

2002 – São Paulo SP – Mapa do Agora: arte brasileira recente na Coleção João Sattamini do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, no Instituto Tomie Ohtake

2002 – Niterói RJ – Acervo em Papel, no MAC/Niterói

2003 – Rio de Janeiro RJ – Tesouros da Caixa: arte moderna brasileira no acervo da Caixa, no Conjunto Cultural da Caixa

 

Fonte: DIONÍSIO del Santo. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2020. Disponível em: Itaú Cultural. Acesso em: 08 de Abr. 2020. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7